Musicopédia
Violinos e arcos
Ao realizar a troca das cordas, substitua e reponha uma por vez, reduzindo a diferença brusca de tensão exercida no espelho. Também pode acontecer de se perder a colocação apropriada da ponte, e a falta da tensão pode fazer com que a alma caia.
A referência para reposicionar o cavalete são os pequenos riscos feitos nos ouvidos do violino, na parte central dos mesmos. Ele pode entortar ou envergar a qualquer descuido. Quando esticamos as cordas, o cavalete, como não é colado de nenhuma maneira no tampo do violino, é arrastado junto na mesma direção. Este arrasto é mínimo, mas no fim das contas se torna considerável e pode resultar no empenamento desta peça.
É aconselhável que na hora de se retirar as cravelhas mantenha-se a ordem, uma vez que os orifícios podem estar mais adaptados cada um com a sua peça. Quando estas entradas estão gastas, é preciso fazer uma composição com madeira nova. Para limpeza da madeira, utilize flanela macia, com óleos apropriados para hidratação.
Algumas cordas não possuem proteção na base, gerando um maior atrito com o cavalete, criando ranhuras. Para amenizar, pode-se aplicar um pouco de grafite em pó como lubrificante.
Para limpar o breu das cordas pode ser usado álcool isopropílico, que tem pouca concentração de água, evitando oxidação. Porém ele é um pouco difícil de achar, então alguns luthiers indicam o uso álcool 70%, aplicando-se de maneira bem dosada. Tome cuidado para não derrubar álcool no seu violino ou mesmo pingar, pois pode estragar o seu verniz. E também cuidado, não passe no espelho, pois pode arrancar a tinta, caso ele não seja de ébano.
Se o breu quebrar, não o jogue fora.
Basta colocar os farelos ou pedrinhas em uma forma (pode ser um copo plástico) e colocar em banho-maria. Ele começará a derreter e a se juntar novamente. Você pode aproveitar esta etapa para misturá-lo e deixá-lo homogêneo novamente. Depois, é só esperar esfriar e está pronto.
Lembre-se de soltar o parafuso do arco para que ele não perca a curvatura! Ela é importante para executar todos os vários “golpes” de arco. Se o arco permanecer com o parafuso apertado por muito tempo, o risco de ele “desentortar” é significativo, principalmente nas temperaturas altas, onde há maior dilatação da madeira.